Numa conversa rápida no Messenger, no Facebook, minha
amiga, diz que seu pai escreveu um livro e se eu não gostaria de adquiri-lo.
Imediatamente aceitei. Em poucos dias recebi o livro com dedicatória do autor,
pré-escrita, e com uma dedicatória dela; “Com carinho, ao
meu amigo de muitas lutas pela educação. Marlene Damian”.
Antonio Damian, o Tone, é um exemplo do quanto é
significativo a formação do saber ler e escrever. Num momento delicado para
todos nós, a pandemia da COVID-19, ele ocupa seu isolamento para escrever suas
memórias. Assim como muitos fizeram. Escreveram, pintaram, música, bordaram, veicularam
na internet suas ideias e assim novas vozes apareceram. Seu Tone, aos oitenta e
cinco anos nos presenteia trazendo pessoas, expressões
culturais, religiosidade e paisagem de Parobé e seu entorno, no município de
Laguna.
Li, melhor, devorei o livro em duas horas. Uma linguagem fluída, com relatos escritos como uma contação de histórias. Seu Tone relembra as famílias e formação das comunidades, o comércio e serviços, os costumes, as construções, a saga de camarões, moradores que participaram da gestão pública, as diversões, a natureza, eventos, fatos e curiosidades, a escola, as brincadeiras das crianças e adolescentes e aventuras, histórias e causos.
Enquanto lia o livro, identificava sobrenomes de conhecidos, pensando em suas árvores genealógicas; histórias para pesquisas de historiadores nas áreas da Antropologia, Arquitetura, Artes, Educação, Geografia, História, Meio Ambiente e outras.
Que emoção ver o livro do meu pai amado, sendo referência para sua reflexão. "Feliz da vida", como se diz.
ResponderExcluirMadalena
Histórias do real. Todos nós fazemos isso. deixamos rastros no mundo e na memória. Ninguém melhor para retratar que nós mesmos.
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