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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

O idiota

Ufa! Ler esse livro é a identidade deste blog De Pouco em Pouco. Conforme a crítica não e um boa leitura de começar Dostoeivski... mas consegui. Comecei a ler em 2014. Idas e vindas. Capítulos lidos com pouco lembrança do anterior. Mas!!!! Dostoievski não me deixou perdido. Em algum momento ele retomava o caminho do anterior.

A motivação de iniciar Dostoievski com O Idiota, foi ter sido chamado de idiota ainda muito jovem por alguém que eu admiro e que me deixou atento para esse adjetivo transformado em substantivo pelo autor.

Nesse período de sete anos lendo as quase oitocentas páginas pude acompanhar as personagens da obra que indicavam a independência e autonomia, descritas, na minha vista de um ponto, com ingenuidade, dado o detalhamento de emoções ditas pelas próprias personagens. Interessante que num romance do século XIX tantas relações movidas pelos sentimentos ditos com consciência tão ímpar. As personagens de Dostoievski para uma Rússia czarista são contemporâneas com uma individualidade ímpar. Não são submissas, são autônomas.

A indicação de Idiota da personagem central lhe ser impingida sem qualquer velamento, inclusive fazendo-me sentir um idiota ao ler a forma com que o príncipe Mitchin se relacionava com a vida. Achei as descrições de Dostoievski convidativas em mostrar relações de pessoas que não se privavam de constantemente se analisarem mutuamente, de descreverem seus sentimentos...

Fiquei intrigado com a forma agressiva dos personagens. Enquanto lia, parecia que gritavam uns com os outros... Penso que seja a objetividade da forma que os russos se relacionam... Pareceu-me que estavam sempre brigando.

Bem, esse foi meu primeiro Dostoeivski, mesmo já tendo lido Stanislavski, Vygotsky, Turgueniev, traduzidos diretamente do russo, todos descrevem detalhadamente tudo, parece-me que é da forma russa sobre a vida... não sei se é somente da literatura... Que venha o próximo.

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