Não tinha a pretensão de escrever uma resenha sobre este livro. Sim um achado recentemente publicado de uma monografia (assim se identifica) de Hermann Hesse em 1908.
A apresentação do livro destaca a
admiração de Hermann Hesse por Francisco. Salvo a literatura de Hesse,
fantástica, pensei que dada a data, as fontes sobre o santo da natureza serem
votadas às crendices, no entanto, Hesse escreve brevemente, mas distingue em
seu texto o fato das lendas e isso é significativo. Sim porque após ler Francisco:
o santo relutante, sobre o ser humano sem as lendas “santificatórias”, mesmo
Hesse pareceria ingênuo, e não foi.
Meu contato com Hesse foi cedo,
aos 18 anos com Sidarta Gautama. Tão cedo que pouco entendi a literatura e o
Buda. Depois, pouco em seguida, O Lobo da Estepe, esse entendi melhor, tanto no
estilo literário, uma estrutura diferente de Sidarta, como um personagem contemporâneo
e que me formou o Lobo Solitário e solidário de hoje.
Em Francisco de Assis, 2019, no
final há um ensaio de Fritz Wagner (não conhecia) sobre como Hesse
fundamentou-se para a pequena monografia, agora publicada em língua portuguesa,
o que é significativo para quem quer desvelar os caminhos de um bom escritor e
como ele estrutura sua expressão escrita.
Esse livro foge a proposta do poucoempouco.com, que proponho
subliminarmente ser ”mais demorado” pois li em uma semana e adorei.
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