Feliz por nada é o título de uma das crônicas deste livro. E
muito bem escolhido para representar a coletânea apresentada pela autora. Minha
esposa recebeu este livro de presente e eu, metido, tomei o livro e devorei-o. Não
de uma hora para outra, porque quem lê três livros ao mesmo tempo, não lê nada
de supetão, mas depoucoempouco.
Marta Medeiros me impressionou nas breves crônicas de duas
páginas. Todas milimetricamente exatas, coesas em cada assunto gostosamente
abordado. Ela me surpreendeu quando fala das crianças, tema que adoro, pois
minha profissão é ser pai. Quando fala de “todo mundo”. Que história é essa de
todo mundo sempre? Fiquei feliz pois tenho uma análise parecida com a da autora
quando todos são colocados no mesmo saco. Sempre pergunto isso as mulheres que
dizem “todo homem é igual”. O mesmo “com
todas as mulheres são iguais”, todos os ”negros são iguais”, todas “crianças
são iguais”, todos “homossexuais são iguais”, todos... Enfim, gostei muito
dessa abordagem. Também gostei muito de quando ela relata suas estadas em
Barcelona, Paris e viagens em que algo lhe aconteceu, por exemplo, do encontro
com uma vizinha, em que ela avalia que precisaram estar longe para se
cumprimentarem e almoçar juntas.
Para que todos saibam estou escrevendo este comentário
apenas com recordações. Não estou partindo do sumário ou indo texto por texto
para extrair citações. Penso que seria interessante fazê-lo.
Enfim, Feliz por nada é um livro muito gostoso de ler. Para
quem lê um livro por vez, ele vai num tapa. Assisti o filme Divã e vejo muito
dele nas páginas deste livro e porque não dizer no pensamento da autora.
Ao ler este livro sinto ter conhecido Marta Medeiros e
poderia abraçá-la como alguém querida e amizade antiga. Penso que partilhamos um
olhar comum sobre a vida. Claro que esta gaúcha colorada não irá afetar minha
tradição paterna tricolor.
Oi Ricardinho; Isso tá lindo. Quanto a Profissão de ser PAI, vc precisa ver "O Garoto da Bicicleta" filme lindo, vais te apaixonar. Um abraço, Tião.
ResponderExcluirOi Tião. Lindo é o livro e são as leituras, os amigos, as viagens, a paisagem que nos alimenta e nos faz, para quem permite, um pouco melhor. Uns depoucoempouco distante do fast food do aqui e agora. Já soube do filme e pretendo assisti-lo. Um abraço e para que todos saibam, esse abraço já ultrapassou os vinte anos.
ExcluirÉ tao bom visitar seu blog,ler suas sugestoes de literatura,sentir-se amarrada na leitura por uma linha "fina e resistente".
ResponderExcluirum grande abraço.
Oi Anônimo. Estou procurando uma identidade para o meu blog, sobre o que ele fala.No entanto o que me deixa contente é o gosto dos leitores por minha forma de escrever. Obrigado pelo comentário sutil e consistente.
ExcluirOi Ricardo, já estou lendo o livro e adorando. Já passei por algumas crônicas que você mencionou. Obrigada pelo presente. Bjos
ResponderExcluirOi Mônica. Um livro, um curso universitário, um amor, uma árvore, uma viagem, são bons, mas poucos. Uma vida é suficiente. Marta Medeiros é uma boa escritora porque usou sua única (dedução minha) universidade, seu primeiro livro, sua primeira viagem,... para multiplicar e partilhar com os outros. Ela cumpriu uma orientação "cristã": ninguém acende uma lâmpada para por embaixo da mesa" Lc 8,16-18. Eu sigo uma orientação: se é bom para mim pode não ser bom para todos mas não deixo de oferecer, no mínimo o debate dos contrários me trará nova vida. Espero que o livro seja bom para você. Um abraço com aquela admiração que tenho por ti, por fazer da tua vida um a busca constante de superar limites.
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