Me disseram que tu vais embora
Todo o vale começa a chorar
A alegria que havia no vale
Nós sabemos que tu vais levar
Teu sorriso era o meu sorriso
O meu sol eras tu meu amor
Todo o vale vermelho hoje chora
Solidário com a minha dor
Mas se um dia quiseres voltar
Estarei te esperando meu bem
Para o vale vermelho de sangue
Voltará a alegria também
Hum, hum, hum
Para o vale vermelho de sangue
Voltará a alegria também
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Vale do Rio Vermelho (Trio Melodia)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Verônica.
Eu - E aí como é teu nome?
Ela - Verônica.
Eu - Por quê estás vendendo rifa?
Ela - Para ajudar na operação de meu filho que tem hidrocefalia,... E contou tudo que está na matéria. Monstrou-me a foto do filho. E arrematou: - e este é meu outro filho que faleceu.
Eu - (Silêncio, já com aquele nozinho na garganta)
Meu colega Luiz, no meio daquele silêncio, tenta ajudar e pergunta:
Ele - E o teu marido? Não te ajuda?
Ela - Meu marido suicidou-se, depois de dezoito tentativas. Ele era alcoolista.
Aí acabou! Como pode uma mulher rir e ter forças para continuar lutando? Pedindo, fazendo rifas, sendo cordial com as pessoas e com bom humor ainda rir comigo da própria desgraça? Verônica! Verônica! Verônica!
Hoje abro o jornal e lá está Verônica. Estudando. Com mal de Parkinson! Verônica. Há quem me pergunte: Por quê tu insiste tanto em que as pessoas tem que estudar. Respondo com Verônica: Não sei. Só sei que todos os que querem ser alguém na vida como Verônica procuram o estudo para serem melhores. Eu diria a Verônica: Dra Verônica. E com certeza ela me responderia: Ainda tenho muito que aprender.
Aprendamos com Verônica, quem não quer estudar, que experimente um décimo do doutorado da vida de Verônica. Será que aguentam ou fugiriam como fogem da escola, da universidade, dos livros.
Verônica me ensina...Aqueles minutos em que comprei a rifa dela já tinham me tocado profundamente, hoje vendo-a estudando, como diria o Pratts - Hai de quem reclamar de estudar!